[Fotografia: Juliana Linhares; Tratamento: Cássia Assis - duas amigas, pessoas e profissionais fantásticas!]
O que falta em teu ser?
Ser, quem sabe
Definir tuas ações, teses, contas, lugares, utensílios, funções, datas, gostos, enfim
Um dia, de nada bastará
Lembra-me as folhas que secam
Sem ao menos servirem-se da vida
E dos frutos daquela que apaticamente alimentam
Caem desgostosas ao fim de seus resumidos dias
O que te falta para Ser?
Não sou eu que te responderei
Nem mãe, pai, professora ou tia agregada
Encontrarás as tuas próprias respostas
Dentro de ti, longe...
Não, não é tão perto quanto parece!
Mas não são águas traiçoeiras, se souberes flutuar!
Deixe as correntes para trás
Não haverá espaço para elas
Inspire fundo e mergulhe como quem tem sede
E não ceda à primeira falta de ar
Elas se tornarão familiares, mas sinalizam tuas frágeis convicções
Um dia, quando te encontrares
Conversa contigo como velhos camaradas
Descobrirás como é mágico conhecer o outro que se reflete em ti mesmo
Reflexo cristalino, inverso, reflexivamente reflexivo
ConheSER-se...
Pergunta-te, indaga-te
Tu te inundarás de oceanos...
E navegará por todos os mares
Ser além, ser profundo, ser imprevisível
Ser livre, a todo o momento, a todo custo
E ser forte
E Ser
Verás que um dia não serás folha
E não te tornarás mais uma página virada no tempo
Ele, que m e t i c u l o s a m e n t e
Monta o mosaico da existência
Não queira, não queira isso!
Tornar-te, depois de tudo... dormência.
(J...y)
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