quinta-feira, 30 de agosto de 2007
A Ponte de Um Lado Só
A ponte que ligaria os amores perdidos
Perdeu-se no meio da caminhada
À beira do penhasco das ilusões
Onde nunca se enxerga o outro lado
E onde sempre se sabe o que lhe aguarda
Apesar de tudo ser o oposto do esperado
Mas o caminho é sem volta...
E nunca nos daremos conta disso
Podemos ver alguns passos à frente
Mas não todos
Podemos ver alguns passos atrás
Mas não tão longe
Temos a fatia do caminho que nos cabe hoje
E a chance de percorrê-lo da melhor maneira
E só
E, às vezes, só.
(J...y)
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Em Ti
[Fotografia: Juliana Linhares; Tratamento: Cássia Assis - duas amigas, pessoas e profissionais fantásticas!]
O que falta em teu ser?
Ser, quem sabe
Definir tuas ações, teses, contas, lugares, utensílios, funções, datas, gostos, enfim
Um dia, de nada bastará
Lembra-me as folhas que secam
Sem ao menos servirem-se da vida
E dos frutos daquela que apaticamente alimentam
Caem desgostosas ao fim de seus resumidos dias
O que te falta para Ser?
Não sou eu que te responderei
Nem mãe, pai, professora ou tia agregada
Encontrarás as tuas próprias respostas
Dentro de ti, longe...
Não, não é tão perto quanto parece!
Mas não são águas traiçoeiras, se souberes flutuar!
Deixe as correntes para trás
Não haverá espaço para elas
Inspire fundo e mergulhe como quem tem sede
E não ceda à primeira falta de ar
Elas se tornarão familiares, mas sinalizam tuas frágeis convicções
Um dia, quando te encontrares
Conversa contigo como velhos camaradas
Descobrirás como é mágico conhecer o outro que se reflete em ti mesmo
Reflexo cristalino, inverso, reflexivamente reflexivo
ConheSER-se...
Pergunta-te, indaga-te
Tu te inundarás de oceanos...
E navegará por todos os mares
Ser além, ser profundo, ser imprevisível
Ser livre, a todo o momento, a todo custo
E ser forte
E Ser
Verás que um dia não serás folha
E não te tornarás mais uma página virada no tempo
Ele, que m e t i c u l o s a m e n t e
Monta o mosaico da existência
Não queira, não queira isso!
Tornar-te, depois de tudo... dormência.
(J...y)
domingo, 26 de agosto de 2007
Bravos
Dez cavaleiros em frente de guerra
Combatem dez homens feitos de terra
Para cada um, dez opções
Depois do conflito, des-epções
(J...y)
Combatem dez homens feitos de terra
Para cada um, dez opções
Depois do conflito, des-epções
(J...y)
Chuvas à Janela
"As lágrimas não são como as chuvas
Elas brotam de uma falta
De uma perda, de uma saudade
Do que já foi, do que não volta
As chuvas há pouco correram soltas
Fortes, machucaram meu tato
Quase invadiram o meu ser
Mas jogaram-se sobre o asfalto
E, ao contrário das chuvas
Que ao sol puderam se entregar
As minhas lágrimas, coitadas
Tiveram que, nos meus olhos, secar."
(J...y)
PS: Cau, adorei suas dicas, mas resolvi aproveitá-las nas poesias que fiz depois dessa...
sábado, 25 de agosto de 2007
Complicação e tranqüilidade
Dias complicados, porém tranqüilos. Parece tão estranho, mas realmente comigo acontece! E numa tentativa de descarregar sobre o teclado toda a complicação, achei alguém que já tinha feito isso por mim, em palavras fabulosas. E a tranqüilidade me veio.
Obrigada, Jhésus!
E quem quiser ver e se encantar (como eu) com dois dos textos que mais me tocaram nos últimos tempos, visite o fotolog dele, e ainda confira as fotografias que me deixam sem palavras (o cara é realmente fantástico... e na verdade os textos não têm nome, eu que pus esses aí embaixo pra "organizar").
Obrigada, Jhésus!
E quem quiser ver e se encantar (como eu) com dois dos textos que mais me tocaram nos últimos tempos, visite o fotolog dele, e ainda confira as fotografias que me deixam sem palavras (o cara é realmente fantástico... e na verdade os textos não têm nome, eu que pus esses aí embaixo pra "organizar").
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Kurt Halsey Frederiksen
Mais um desenho do Kurt Halsey Frederiksen... Mais um pra minha listinha de preferidos!
Ao contrário de ontem, estou meio sem paciência, então... Deixarei outras postagens no arquivo (hehehe).
Obrigada a todos os amigos que estão visitando, BJusssss y a todos vcs...
Ao contrário de ontem, estou meio sem paciência, então... Deixarei outras postagens no arquivo (hehehe).
Obrigada a todos os amigos que estão visitando, BJusssss y a todos vcs...
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Sobre a coragem
Solitário ponto rubro
Perdido em infinito anil
A linha é curta, que pena!
Essa foi buscar vôos mais altos
E enquanto de mim se afastava
Eu, saudosa, a mirava
Como quem se despede de alguém
Talvez por muito tempo
Talvez para sempre...
Mas encantada com a última vista.
Que bom que ainda existem crianças
Com a coragem de soltar pipas!
(J...y)
Patologicamente, eu
Algumas pancadas que a vida nos dá
Doem por muito tempo
Quando não causam uma grande tonteira
Quando não nos dão vontade de sumir
Quando não nos deixam em letargia
Em um momento de dormência formigante
Ou em estado de Tristezite Aguda
A patologia que atinge, ao mesmo tempo
O cotovelo e o coração
Os olhos e as mãos
Um inchaço de raiva
Uma paralisia de ódio
A incerteza do que aconteceu
E a certeza de que não devia ter acontecido
Pelo menos não daquela forma
E talvez nem naquele momento
Mas agora já está tudo de volta ao seu lugar
Estamos todos separados... e tristes.
Estamos todos vivos (?)
Estaremos bem (?) na próxima estação
Por enquanto a viagem segue
E o inverno congela
O que era pra ser primavera
Virou teoria hospitalar.
J...y
Brrrrr!!!
Segundo dia de sol em Campina... Segundo dia SEGUIDO de sol em Campina Grande. Até essa semana, os dias pareciam ter voltado à era glacial, como já diziam os próprios campinenses. O que deve ter acontecido para tão repentina mudança?
A mudança foi brusca. Foi como se algo tivesse sugado de uma vez só toda a neblina, que pairava no ar, havia já semanas.
Todo o vento frio que cortava o meu rosto.
Todas as densas nuvens.
Todo o ar de tristeza e solidão que havia.
Todos aqueles agasalhos que, no fim de tudo, de nada adiantavam, pois o frio não passava.
E pensei mesmo que não fosse passar.
Mas passou.
Engraçado, vi hoje uma pessoa com todo o inverno campinense no olhar...
A mudança foi brusca. Foi como se algo tivesse sugado de uma vez só toda a neblina, que pairava no ar, havia já semanas.
Todo o vento frio que cortava o meu rosto.
Todas as densas nuvens.
Todo o ar de tristeza e solidão que havia.
Todos aqueles agasalhos que, no fim de tudo, de nada adiantavam, pois o frio não passava.
E pensei mesmo que não fosse passar.
Mas passou.
Engraçado, vi hoje uma pessoa com todo o inverno campinense no olhar...
Depois da última xícara
Uma simples xícara de café me manteve acordada por muito tempo. Tanto tempo que os olhos já pesavam em demasia, sendo dificultoso enxergar o que se me aproximava. O que era mesmo? Não sei, não deu pra ver... Mas eu permanecia acordada. E acordada queria ficar.
E os dias passaram-se, e aquela xícara tomada de um gole só me era o suficiente. Para que mais café? Eu até prefiro um capuccino! E por que não tomar um, o efeito assim se prolongaria por mais tempo, e quem sabe eu não conseguiria bater o recorde do maior período de tempo que eu já havia estado acordada, lúcida e ciente dos acontecimentos?!
E foi então que eu percebi... Abri os olhos, fechei o livro. E derramei o café frio que ainda restava.
E os dias passaram-se, e aquela xícara tomada de um gole só me era o suficiente. Para que mais café? Eu até prefiro um capuccino! E por que não tomar um, o efeito assim se prolongaria por mais tempo, e quem sabe eu não conseguiria bater o recorde do maior período de tempo que eu já havia estado acordada, lúcida e ciente dos acontecimentos?!
E foi então que eu percebi... Abri os olhos, fechei o livro. E derramei o café frio que ainda restava.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Súplicas
Não, querida, não se vá
Apesar de me deixares assim enfadada
Trazes consigo a poesia que procuro
Contigo vejo surgirem os versos
Por ti eles saem do escuro
Em ti eles se tornam palavras
Pequenas, de fato, porém visíveis
Até mesmo risíveis
Mas resolvo correr o risco
Por esse rascunho de pensamento arisco
Tu és bela, és necessária
És do meu olhar, senhora
A natureza reservou-te sublimes horas
Sob o luar de frias madrugadas
Sob a penumbra de morno entardecer
Embebida em um vazio de vidas
Onde não há mais o que acontecer
Espera, ainda não é hora
A estrela maior ainda demora
Surgirá devagar e sem anúncio
Porém, quando aurora clarear
Tu não irás me abandonar
Tristeza, és fato, és prenúncio.
(J...y)
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