sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Eu hoje sou "de época"



Por que tanta vontade de acreditar no inacreditável, fazer durar o que já nasceu com fim determinado, olhar pra frente com vontade de ficar no passado, numa fração de tempo que se perde no meio de um gigantesco relógio que, dizem, marca o tempo daquelas coisas “mais importantes”, mas não consegue demarcar a duração e a profundidade de um olhar? Tempo psicológico, lógico. Nunca irei entender a lógica das relações modernas. Eu quero acreditar no impossível. Na permanência. Na duração infinita de um instante. Num instante que possa durar indefinidamente. Odeio efemeridades.

Por que o pensamento que era pra ser "do dia" já dura meses? A espera de um figurino pela atriz que lhe dará movimento já não surpreende o público. E a permanência das coisas sempre erra o seu lugar.


(Por incrível que pareça, estou ouvindo forró e escrevendo esse texto... Salve Geraldo Júnior, lindo CD!)

2 comentários:

Thorin disse...

O duradouro é o que mata a fome. Mas são as coisas efêmeras, como um banho de chuva com os amigos, que realmente dão o tempero da vida.


Efêmeras, mas marcantes, como uma tarde numa cafeteria...


=******

Ph disse...

Ou estou muito devagar de pensamento (nossa q novidade!) ou entendi errado, mas vc vai fazer noiva em algum lugar?
Bom, o texto como sempre Jussyânico, Cratense e Fadístico.
Vou aproveitar o espaçoe comentar a foto do flog... Olha q coincidência, estava justamente pensando sobre o q vc postou. (aquela foto em meio a "Bagunça" do seu quarto) Estava justamente pensando e me fazendo esse mesmo questionamento. Tem até um ditado chinês eu acho q diz algo como " Se vc quer fazer mudanças na sua vida, comece dando três voltas pela sua casa." (Profundo isso, né?)
Bjos